sexta-feira, 20 de abril de 2012

ESTRÉIAS - O FANTASMA DE ELIZABETH




         Conhecido por seus espetáculos baseados na experimentação cênica e na pesquisa de linguagens, o grupo apresenta agora uma nova montagem, bem diferente de todas que já produziu, a primeira comédia de sua trajetória.
         O texto de Marco Santos veio de encontro ao desejo da companhia de levar ao público um espetáculo leve, repleto de situações cômicas mas que não se justificasse apenas pela existência do humor. Com uma história centrada nos mistérios que envolvem um crime, o autor conseguiu misturar vários elementos que certamente prenderão a atenção das platéias: altas doses de humor, muitas pitadas de suspense e mistério, romance e, claro, muita emoção.
         A situação apresentada é simples: Adalberto e Elizabeth chegam a sua casa de campo para comemorar seis anos de um casamento aparentemente bem sucedido.
O que poderia ser apenas mais um final de semana feliz de um casal apaixonado, transforma-se, repentinamente, num pesadelo. Elizabeth é assassinada.
As coisas se complicam com a chegada inesperada de Fernanda, a prima de Adalberto. Para piorar tudo, a casa passa a ser assombrada pelas aparições de Elizabeth.
As perguntas começam a surgir: quais seriam as motivações para esse crime? E as aparições de Elizabeth após a morte, seriam uma vingança do além ou apenas alucinações?
A equipe do Laboratório Cênico convida o público a tornar-se cúmplice desta história cheia de mistérios e surpresas. A entrar também nessa casa de campo e se divertir com as hilárias situações que movimentam o trio de personagens.
O grupo faz, porém, um pedido aos espectadores: depois de terem se divertido e desvendado os segredos que envolvem Adalberto, Elizabeth e Fernanda, não revelem nada aos amigos e familiares. Deixem também para eles o prazer de desfrutar dos mistérios que cercam “O Fantasma de Elizabeth”.


FICHA TÉCNICA

TEXTO – Marco Santos
DIREÇÃO E SONOPLASTIA – Carlos Pimentel
ELENCO: Claudio Milhomem, Elaine Braga e Maylla Nideck
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÃO DE SOM: Rudster Lima
CENOGRAFIA E FIGURINOS: Laboratório Cênico
FOTOS: Carlos Pimentel
ENGENHARIA DE LUZ: Roitman Fragoso
OPERAÇÃO DE LUZ: Kamilla Mussi
APOIO CULTURAL: Energisa / Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho
PRODUÇÃO: Laboratório Cênico

domingo, 6 de junho de 2010

MÓDULO DA TERCEIRA IDADE



         Em 1997 fui convidado por Eliana Medeiros, Assistente Social que coordenava o trabalho com o Grupo da Terceira Idade do SESC Nova Friburgo, a planejar um projeto teatral para aquelas pessoas. Eu já havia realizado um trabalho semelhante no Rio de Janeiro cujos resultados tinham sido muito gratificantes. Senti-me estimulado pelo convite e iniciei, então, uma oficina de teatro com o grupo.



 

 


O primeiro fruto desta oficina foi a montagem de um roteiro com poesias de Carlos Drummond de Andrade, a que demos o título de "Infinitos Minutos". Nesta época o espetáculo era formado exclusivamente por pessoas desta faixa etária.
A peça fala da passagem do tempo e retrata uma hipotética volta do poeta mineiro à casa de sua infância, em Itabira, Minas Gerais. Através das poesias selecionadas, vão surgindo os personagens que povoaram os primeiros anos do poeta e toda a atmosfera que cercava a sua pequena cidade natal.


 




Posteriormente, com a criação do Laboratório Cênico, no ano 2000, e seguindo a proposta integradora do projeto, participantes de outros módulos, de variadas idades, inclusive adolescentes, passaram a fazer parte da montagem e com esta nova configuração o espetáculo foi incorporado ao nosso repertório.



 

 

O espetáculo tem sido apresentado nos mais variados espaços e sempre provoca uma forte emoção nas pessoas que o assistem.

A existência de um módulo exclusivo para o grupo da terceira idade se justifica pelo desejo de atendermos necessidades específicas destas pessoas como uma carga horária menos intensa, exercícios físicos direcionados e horários de encontros adequados ao seu contexto familiar.      No entanto, os participantes podem e são estimulados a participar de todas as atividades que lhes despertem o interesse, de acordo com seu tempo e disponibilidade, sendo a integração entre as variadas idades uma das características e ponto positivo do projeto.












Em 2007, deixando um pouco de lado o teatro, propus ao grupo um período de pesquisas de uma uma linguagem nunca antes experimentada por eles: cinema.
A princípio um pouco inseguros, afinal desconheciam os fundamentos e o potencial desta forma de expressão, mas também bastante abertos aos novos desafios, passaram a estudar a linguagem cinematográfica. Mostraram-se bastante entusiasmados em aprender a distinguir e articular planos, enquadramentos e movimentos de câmera para a obtenção de ritmos e efeitos desejados.

 

 



           Aprenderam também a registrar no papel, na forma de roteiros cinematográficos, suas idéias, pensamentos e sentimentos e perceberam que estavam adquirindo um canal de expressão bastante importante para o grupo.
        Como primeiro exercício, cada um imaginou uma história, escreveu um roteiro e convidou os colegas a participar das filmagens. Praticamente todas as cenas foram gravadas nas depêndencias do SESC Nova Friburgo. Foram, assim, surgindo os primeiros resultados destes estudos: sete filmes, com duração média de dez minutos cada um.

         No ano de 2008 foi proposto ao grupo a continuidade dos estudos de cinema, só que desta vez com um novo e maior desafio: realizar a versão cinematográfica da peça teatral “Infinitos Minutos”. Para isso foi mantida a estrutura narrativa do espetáculo, ou seja, todos os acontecimentos vindo à mente de Carlos Drummond de Andrade na casa de fazenda de sua infância, mas com uma diferença fundamental: desta vez a encenação deixaria o palco para acontecer numa locação em Trajano de Morais, mais precisamente na fazenda  Santa Maria do Rio Grande, gentilmente cedida pelo Sr. Roberto Grey, cuja sede lembrava em muito a casa de infância de Drummond na sua Itabira natal.
















             Em 2009, o ator Luciano Santos, integrante do Laboratório Cênico desde o ano 2000, foi convidado por mim para dar continuidade ao projeto de cinema com o módulo da Terceira Idade.  Ficou estabelecido que dois roteiros – “Perfume de Rosa”, de Guilherme Machado e “Couro de Boi”, de João Barros e Jane Barros - teriam prioridade já que faziam parte daquele primeiro grupo de roteiros idealizados em 2007, e aguardavam o momento oportuno para sua filmagem.

            Paralelamente à construção e ampliação do roteiro de “Perfume de Rosa”, iniciou-se o processo de produção do filme “Couro de Boi” que com o decorrer do trabalho, com a inclusão de novas idéias por parte do grupo, passou a chamar-se “Pedido de Oração”.
Luciano Santos utilizou as técnicas do Teatro do Improviso para a preparação do elenco para as filmagens e desta forma, mesmo havendo um roteiro guia, a maioria das gravações foi pautada pela total liberdade dos atores para improvisar em cima de suas falas, sendo as cenas decupadas no próprio momento das filmagens.
























Vamos incluir, gradativamente, os filmes neste espaço do blog para dividir com vocês os processos, os progressos e os resultados destes estudos. Convidamos todos a participar, enviando-nos sugestões, críticas e dicas.

Convidamos também as pessoas idosas de Nova Friburgo e cidades vizinhas que queiram participar do Laboratório Cênico a entrar em contato conosco. Serão todos muito bem recebidos. Carlos Pimentel

Integrantes do Módulo: Cristiano Victor, Edith Léa, Guilherme Machado, Ivone Marques, Jane Barros, João Barros, Marilia Costa, Thereza Thomé, Irene do Carmo e Ionides do Carmo.