segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Repertório: MÉDICO À FORÇA

Livre adaptação do clássico de Molière - o espetáculo passou a fazer parte do repertório do Laboratório Cênico no ano de 1999. Foi criado especialmente para ser apresentado em praças e, desta forma, integrar o Projeto SESC Boa Praça que teve como objetivo principal levar ações sócio-educativas às praças e locais públicos de Nova Friburgo.
A escolha do texto e o tratamento dado a ele pelo Laboratório Cênico contribuíram para despertar em camadas da população que - muitas vezes - ainda não tinham tido acesso à linguagem teatral, uma visão entusiasmada desta arte.
Optamos por uma concepção inspirada na Commedia dell´Arte, com interpretações farsescas, repletas de movimentação intensa e gestos largos, o que conferiu à encenação um caráter ágil e divertido.
O Projeto SESC Boa Praça não está mais ativo mas a encenação passou a fazer parte de nosso repertório e vem sendo apresentada em diversos espaços, sempre com uma ótima comunicação com as platéias.













FICHA TÉCNICA

Adaptação e Direção – Carlos Pimentel
Elenco – Célio Hottz, Cláudio Milhomem, Edson Fernandes, Junior Simões, Luciano Santos, Márcio Tardin, Marco Moraes, Roberta Heggendorn e Tatiana Maduro.
Figurinos e Produção – Laboratório Cênico























MOLIÈRE

Molière era o pseudônimo de Jean Baptiste Poquelin (1622-1673), o maior comediógrafo do teatro francês e um dos mais relevantes de toda a história do teatro mundial. Nascido em Paris em 15 de janeiro de 1622, aos 12 anos órfão de mãe, foi enviado ao colégio de Clermont e depois para Orleans, onde se formou advogado, profissão que jamais exerceu, vindo a escolher a profissão que para muitos da sua época, era uma “invenção do diabo”: o Teatro. Muitas razões o levaram a escolher essa profissão tão cheia de sacrifícios, mas a mais provável foi sua paixão por uma atriz famosa da época Madeleine Béjart, com quem viria a casar-se e fundar seu próprio teatro o Illustre Théâtre, além da simples vontade de se opor à família, que repudiava o teatro. Mas o fato é que Jean Baptiste Poquelin desde muito cedo freqüentou platéias, aplaudiu ou vaiou o desempenho de atores, vibrou como se aquele mundo lhe pertencesse de maneira inalienável.Alguns biógrafos acreditam ter Jean Baptiste Poquelin mudado de nome por exigência da família. Outros alegam um motivo bem mais condizente com o caráter irreverente do autor: Molière era o nome de um vinhateiro amigo de Jean Baptiste, que abastecia periódica e gratuitamente a adega do Illustre Théâtre. Possivelmente o comediante adotou seu nome para homenagear o simpático doador de vinhos.Seu teatro inicialmente seguia a tendência da época ou seja, o resgate da tragédia nos moldes clássicos, porém, por volta de 1658, após ter sido obrigado a fechar o Illustre Théâtre, que tinha grandes dívidas, toma a decisão que iria mudar seu destino como artista: dedicar-se integralmente à comédia, que usou com maestria não só para divertir e fazer rir ao público, mas também transformou o gênero em poderosa arma de crítica social.A primeira obra importante de Molière representada em Paris, em 1659, As Preciosas Ridículas, já continha a crítica à afetação e o apelo ao bom senso que caracterizariam sua obra. Em 1660-1661 sua companhia estabeleceu-se definitivamente numa sala do Palais-Royal preparada para funcionar como teatro. A partir de então, Molière apresentaria em Paris -- e apenas ocasionalmente em outros lugares -- 31 obras próprias e muitas outras de diversos autores, e sustentaria uma luta perene contra as acusações de imoralidade e as proibições que com freqüência suscitaram suas obras.Seu casamento com a jovem atriz Armande Béjart, legalmente irmã de Madeleine mas para muitos sua filha, contribuiu para gerar um clima escandaloso. L'école des femmes (1662; A escola de mulheres), representada depois de Sganarelle (1660) e Dom Garcie de Navarre (1661), teve grande êxito, mas foi ainda maior o da estréia de Tartuffe (Tartufo) em 1664. Por meio de um diálogo de enorme sutileza e força cômica, o autor apresentava a figura de um homem sensual e lascivo que, sob a aparência de asceta virtuoso, consegue aproveitar-se da confiança de seu protetor e inclusive voltá-lo contra a família, e só é desmascarado quando tenta seduzir a dona da casa.Em 17 de janeiro de 1673, enquanto representava no palco o protagonista de sua última obra, O Doente Imaginário, Molière sofreu um repentino colapso e morreu poucas horas depois, em sua casa de Paris. Como se assinalou com freqüência, não é de estranhar que o mestre do duplo sentido e da dissimulação tenha encerrado a vida e a carreira no momento em que encarnava um falso doente. Fonte: Redação do Portal Descubra Curitiba

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